Festival Intercéltico 2007



Com a Primavera chega mais uma edição do Festival Intercéltico. Ao mesmo tempo que celebramos a renovação e o futuro, evocamos a memória das raízes ancestrais que nos conduziram até ao presente. Sem perder de vista esta identidade própria que é comum a diversos povos e importa preservar, músicos galegos, portugueses e irlandeses virão até nós para contar as histórias inspiradas nas suas tradições musicais, às quais souberam acrescentar, com originalidade e inovação novas leituras e interpretações.

Assim, nos dias 27 e 28 de Abril abre-se o palco do renovado Cinema Batalha, para acolher, com o entusiasmo de sempre, os ecos desta música ancestral, cujas origens se perdem no tempo, mas que continua a conquistar e a tocar o coração dum vasto público.

Aos portugueses LŨMEN confiamos a tarefa de abrir a presente edição do Intercéltico e assim, subirá ao palco, no dia 27, esta jovem banda do Porto que escolheu enveredar por um caminho novo, para o qual trouxeram as suas experiências anteriores e muita criatividade. O seu recentemente editado trabalho - “Fogo Dançante” - tem recebido merecidos aplausos da crítica da especialidade e é a prova de que é possível inovar sem perder de vista as raízes da tradição musical. Um concerto cheio de alegria e força é o que nos prometem os LŨMEN.

A primeira noite do Festival seguirá ao som dos TÉADA, os representantes irlandeses, nesta 16ª edição do Intercéltico. Paul Finn, Damien Stenson, Seán Mc Ewan e Tristan Rosenstock são quatro prestigiados músicos, com uma sólida formação musical que descobriram uma formula muito própria de interpretar e fazer (re)viver a música do seu país.
Uma original panóplia de instrumentos e a utilização do idioma tradicional irlandês conferem a esta banda características muito especiais, preservando, no entanto a energia característica dos reels e jigs que integram o seu repertório.
Para abrir a segunda noite do Festival Intercéltico convidamos outra banda nacional – MU, uma formação constituída por músicos oriundos de várias formações musicais, que recorrem aos sons do mundo utilizando instrumentos tradicionais como o didgeridoo, a tabla, o violino, o acordeão ou a máquina de escrever, entre outros.

Da Galiza chega o grupo que vai encerrar a 16ª edição do Festival Intercéltico. O projecto musical denominado PEPE VAAMONDE GRUPO nasceu em 2001 e desde aí tem vindo a distinguir-se pela sua originalidade, distanciando-se da maior parte dos grupos folks galegos da actualidade pelo facto de apresentar uma leitura muito própria das tradições musicais galegas e pela força que este colectivo é capaz de imprimir às suas actuações em directo. A gaita de Pepe, o acordeão de Nacho, a guitarra de Pipo, o baixo de Xesús e as percussões de Andrés combinam-se duma forma genial, formando um todo harmónico de grande força musical que surpreende e contagia.

A exemplo de anos anteriores, o Intercéltico também viajará pelo país e levará a festa a Arcos de Valdevez, com a realização de dois concertos: no dia 27 estará presente a BRIGADA VICTOR JARA, a banda referência da música tradicional portuguesa, que desde a primeira hora assumiu um papel pioneiro na abordagem do nosso património musical. Ao longo dos 30 anos de carreira, que agora comemora, a BRIGADA marcou decisivamente o panorama nacional, preservando e divulgando, a música de raiz tradicional.
E para encerrar em beleza as Noites Intercélticas dos Arcos de Valdevez subirão ao palco os irlandeses TÉADA.

Em Abril a alegria e a força da música celta invadem o palco do novo Cinema Batalha e estes sons únicos viajarão também até ao Alto Minho para animar e surpreender o público que se deslocar até ao magnífico Auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez.